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Autismo leve, existe?
Uma pergunta comum quando se trata de autismo é se existe algo chamado “autismo leve”. Neste blog, vamos explorar essa questão e entender os diferentes níveis de suporte definidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) para o autismo. Vamos descobrir como esses níveis podem ajudar a compreender as necessidades individuais das pessoas no espectro autista.
Entendendo os Níveis de Suporte:
De acordo com o DSM-5, o autismo é categorizado como Transtorno do Espectro Autista (TEA), que abrange uma ampla gama de características e intensidades. Os níveis de suporte são uma forma de classificar o grau de apoio necessário para as pessoas no espectro autista. São eles:
Nível 1 – Requer apoio:
Indivíduos no Nível 1 apresentam dificuldades sociais significativas, limitações na comunicação e padrões restritos e repetitivos de comportamento. Embora possam ter habilidades verbais, podem enfrentar desafios na interação social, flexibilidade e adaptação a mudanças. Geralmente, podem se beneficiar de apoio estruturado, terapia e intervenções específicas para desenvolver habilidades sociais e comportamentais.
Nível 2 – Requer apoio substancial:
Pessoas no Nível 2 apresentam déficits mais pronunciados na comunicação social e comportamentos repetitivos. Elas têm dificuldades significativas em lidar com mudanças, podem apresentar comportamentos desafiadores e podem precisar de apoio substancial em várias áreas da vida, como escola, trabalho e vida cotidiana. Terapias intensivas e intervenções personalizadas podem ser necessárias para promover habilidades sociais, comportamentais e funcionais.
Nível 3 – Requer apoio muito substancial:
O Nível 3 representa o grau mais significativo de comprometimento do espectro autista. Indivíduos nesse nível têm déficits graves na comunicação verbal e não verbal, enfrentam desafios acentuados na interação social e exibem comportamentos restritos e repetitivos intensos. Eles podem precisar de suporte muito substancial em todas as áreas da vida, incluindo cuidados diários, habilidades de vida independente e acesso a serviços especializados.
Conclusão:
Embora a expressão “autismo leve” seja frequentemente usada, é importante compreender que o autismo é um espectro que abrange diferentes níveis de suporte. E que o nível de suporte não tem haver com a “gravidade” do autismo, não existe “mais autista” ou “menos autista”. . Os níveis definidos pelo DSM ajudam a compreender as necessidades individuais das pessoas no espectro autista, auxiliando na personalização das intervenções e suporte apropriados. Cada pessoa é única, e é essencial reconhecer e valorizar suas habilidades, interesses e desafios específicos para fornecer o apoio necessário para o seu bem-estar e desenvolvimento contínuo.